https://www.youtube.com/watch?v=5T103Nw-0-k
O projecto organístico da Basílica de Mafra, concebido de raiz, é verdadeiramente inovador ao considerar um conjunto integrado de seis órgãos, em vez de dois instrumentos de grandes proporções e três secções, geralmente ligados ao coro alto das igrejas, como era então usual.

Seis Orgãos |
Desde o início que o projecto arquitectónico da basílica contempla a colocação de seis órgãos na zona do altar-mor e do cruzeiro, no entanto sabemos que na Sagração Solene da Basílica, e não estando concluída a obra, tenham sido igualmente utilizados seis órgãos portativos.
Os actuais seis instrumentos foram encomendados durante a regência de D. João VI para substituir os primitivos que estavam degradados. Foram construídos pelos dois mais importantes organeiros portugueses do tempo – António Xavier Machado e Cerveira e Joaquim António Peres Fontanes – tendo sido terminados entre 1806 e 1807.

António Xavier Machado e Cerveira |

Joaquim António Peres Fontanes |
Os 6 instrumentos são em pau-santo, com aplicações de ferragens de bronze executadas no Arsenal de Lisboa representando flores, festões, colunas e capitéis e ainda diversos instrumentos musicais, como trompas e violinos, penas de escrever, tinteiros e pautas de música. O escultor Carlo Amattuci foi responsável pelo medalhão com a efige de D. João VI, no órgão da Epístola.
Lord Byron, nas suas cartas, referindo-se a este conjunto de órgãos, escreve: “... os mais belos que ainda vi, quanto a decoração”.
Na Biblioteca existe um importante núcleo de partituras de importantes músicos portugueses como João de Souza Carvalho, Marcos Portugal ou ainda João José Baldi, que apenas aqui podem ser tocadas.
(IYO/GC)

Orgão em pau-santo |

Decoração |